Escrever (e dançar) é tantas vezes lembrar-se do que nunca existiu. Como conseguirei saber do que nem ao menos sei? Assim: como se me lembrasse. Com um esforço de memória, como se eu nunca tivesse nascido.
Nunca nasci, nunca vivi: mas eu me lembro ... e a lembrança é em carne viva.
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Clarice Lispector
Clarice Lispector
3 comentários:
Quem me dera poder seleccionar o que esquecer... dava um jeitão! Obrigada pela tua visita também...
beijinhos pró Funchal
«como mergulhar as mãos em argila (algo de sensual e assustador), criar formas que depois voltavam à massa amorfa, ao caos, ao início; e surgiam de novo, durante algum tempo, revelavam-se, e desapareciam...»
ana teresa pereira
Será mesmo que escrever é lembrar-se do que nunca existiu? Ou será que quando escrevemos lembramos-nos daquilo que queriamos esquecer e como tal o reprimimos no intimo do nosso ser?
Experimenta escrever livremente sem te recriminares pelas palavras escritas e aí verás o que sempre existiu e que nunca deixas-te nascer... aí verás o teu verdadeiro eu...
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