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(do less / be present / disconnect / focus on people / appreciate nature / eat slower / drive slower / find pleasure in anything / single-task / breathe)
30 junho 2011
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24 junho 2011
19 junho 2011
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Eu sei, mas não devia.
(Marina Colasanti)
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
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14 abril 2011
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maybe you got too used to, having me around, still, how can you walk away, from all my tears? it's gonna be an empty road, without me right here,
but go on and take it, take it all with you, don't look back, at this crumbling fool, just take it all, with my love, take it all, with my love,
maybe i should leave, to help you see, nothing is better than this, and this is everything we need, so is it over? is this really it? you're giving up so easily, i thought you loved me more than this,
but go on, go on and take it, take it all with you, don't look back, at this crumbling fool, just take it all, with my love, take it all, with my love,
i will change if i must, slow it down and bring it home, i will adjust, oh, if only, if only you knew, everything i do is for you,
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You've been on my mindI grow fonder every dayLose myself in timeJust thinking of your faceGod only knowsWhy it's taken me so longTo let my doubts goYou're the only one that I wantI don't know why I'm scaredI've been here beforeEvery feeling, every wordI've imagined it allYou'll never know, if you never tryTo forgive your past, and simply be mineI dare you to let me be, yourYour one and onlyPromise I'm worth itTo hold in your armsSo come onAnd give me a chanceTo prove I am the one who canWalk that mileUntil the end startsIf I've been on your mindYou hang on every word I sayLose yourself in timeAt the mention of my nameWill I ever knowHow it feels to hold you closeAnd have you tell meWhichever road I choose you'll goI don't know why I'm scaredCos I've been here beforeEvery feeling every wordI've imagined it allYou'll never know If you never tryTo forgive your past And simply be mineI dare you to let me be yourYour one and onlyI promise I'm worth itTo hold in your armsSo come onAnd give me a chanceTo prove I am the one who canWalk that mile Until the end startsI know it ain't easyGiving up your heartI know it ain't easyGiving up your heart (nobody's perfect)I know it ain't easy (trust me I've learned it)Giving up your heart (nobody's perfect)I know it ain't easy (trust me I've learned it)Giving up your heart (nobody's perfect)I know it ain't easy (trust me I've learned it)Giving up your heart (nobody's perfect)I know it ain't easy (trust me I've learned it)Giving up your heart So I dare you to let me be yourYour one and onlyI promise I'm worth itTo hold in your arms So come onAnd give me the chanceTo prove I am the one who canWalk that mileUntil the end startsCome on And give me a chanceTo prove I am the one who canWalk that mileUntil the end starts
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22 março 2011
10 março 2011
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e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
Do lado de cá
Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
A vida é agora, vê se não demora.
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
... do lado de cá!