Aquilo que condenas
Não condenas.
Tu és o paradoxo
De ti próprio,
A luta da tua luta,
A compreensão do incompreensível.
Dizes o que não pensas.
E não pensas o que pensas.
Amas como dizes não amar...
Sentes como dizes não sentir...
Não és poeta mas és fingidor.
Só não sabes que és ambas
As coisas
E que em ti nascem e morrem
Infinitos;
que em ti se consagram
Mundos e vontades,
Que és nascente de rio
E foz ao mesmo tempo
Só não sabes que sabes
(ou saberás que sabes?)
Não condenas.
Tu és o paradoxo
De ti próprio,
A luta da tua luta,
A compreensão do incompreensível.
Dizes o que não pensas.
E não pensas o que pensas.
Amas como dizes não amar...
Sentes como dizes não sentir...
Não és poeta mas és fingidor.
Só não sabes que és ambas
As coisas
E que em ti nascem e morrem
Infinitos;
que em ti se consagram
Mundos e vontades,
Que és nascente de rio
E foz ao mesmo tempo
Só não sabes que sabes
(ou saberás que sabes?)
João Mattos e Silva
2 comentários:
Por vezes omitimos que sabemos...apenas isso!
Um bj com luar
Saber, sabemos, mas a maior parte do tempo não podemos ser quem realmente somos, ou se calhar nem queremos ser esse outro personagem. Todas as pessoas têm dois lados, tudo o que existe tem dois lados, duas mensagens, dois caminhos... É perfeitamente normal, senão nunca podia existir equilíbrio.
Abraço
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